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Vícios que nunca mudam



Por Joaquim Rita, in RTP
Foram os penalties tresmalhados nos jogos dos «grandes» que marcaram a ultima jornada, com os contabilistas das minuciosas inventariações dos prejuízos sofridos pelos respectivos clubes a promoverem as devidas actualizações, numa espécie de «lista negra» que serve para demonstrar os beneficiados de sempre - F.C.Porto, Sporting e Benfica (ordem do último Campeonato...)

Dessa chinfrineira, tipo «cada cor seu paladar» e na qual se tornou mais fácil e apetecível - porque surgiu mais cristalino aos olhos de cada interessado... - detectar a clareza dos erros em favor dos clubes adversários do que a colheita dos benefícios próprios, ressaltaram, no entanto, duas opiniões apaziguadoras e misericordiosas em relação a decisões erradas das equipas de arbitragem que dirigiram os seus clubes. Vejamos:

- o treinador do Sporting de Braga, Domingos Paciências, que considerou «excelente o trabalho das três equipas», portanto, com o árbitro Pedro Proença incluído na excelência do trabalho desenvolvido na «pedreira» minhota, tendo o campeão como opositor;

- o presidente do Olhanense, Isidoro Sousa, para quem «errar é humano», adiantando mesmo que «não quero pôr em causa a honestidade da equipa de arbitragem» liderada por Rui Costa e que dirigiu o jogo da sua equipa com o Sporting em Alvalade.

Nesta linha de crédito concedido aos árbitros Pedro Proença (Sporting de Braga-F.C. Porto) e Rui Costa (Sporting-Olhanense) por Domingos Paciência e Isidoro Sousa não deixa de ser curiosa a facilidade com que ambos desvalorizaram erros grosseiros das equipas de arbitragem, faltando saber o seguinte:

- se Domingos Paciência não viu um «penalty» que ficou por marcar a favor da sua equipa (18 minutos), desconhecendo-se como o presidente António Salvador interpretou (ou poderia interpretar...) esse lapso visual do competente técnico arsenalista;

- se Isidoro Sousa expressou, tão-só, uma estratégia comportamental do seu clube, visando colocar os algarvios longe dos olhares atravessados (e corporativistas?) da comunidade da arbitragem.

Apenas com cinco jornadas decorridas e em véspera do primeiro «clássico», a disputar no sábado, no «Dragão», entre F.C. Porto e Sporting, são já inúmeras as páginas dos prejuízos e benefícios resultantes de erros de arbitragem. Com uma certeza: os beneficiados são os «outros»; os prejudicados somos «nós». Há vícios que nunca mudam e contemplam sempre os mesmos. Siga o jogo!

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