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CML entrega valioso património ao Sporting



Notas Prévias:

Em 13 de Novembro do ano passado
publiquei aqui uma entrevista efectuada ao nosso consócio Luís Batista e entre as perguntas que lhe formulei, veio à baila, como não podia deixar de ser, a questão da rendibilização do Belenenses e a forma como poderemos aproveitar dinheiros extra para além das receitas habituais, as quais face ás tremendas responsabilidades assumidas de forma leviana por recentes direcção e CG deixam-nos com o credo na boca, volta que não volta.

Eis a questão e a resposta então formuladas a Luís Batista:
LO - Esta entrevista já vai longa, mas há algo que sempre me preocupou que consiste na rentabilização do património do Clube. Na sua opinião, temos Estádio a mais e campos a menos? De que forma adequaria os cerca de 13 hectares de terreno para deles rentabilizar em receitas próprias e permanentes? É adepto do projecto imobiliário dentro ou fora dos nossos terrenos desportivos, sendo certo que a autarquia lisboeta é devedora de lotes de terreno urbanizáveis?
Temos campos a menos isso é uma realidade, a nossa formação tem que trabalhar com dignidade, é a base de tudo em termos de futuro para a nossa SAD, é evidente que não é só campos que falta a formação é muito mais, mas isso era outra conversa.
LB - Eu não compro a conversa dos tais projectos imobiliários que aparecem sempre em alturas de eleições, é areia para os nossos olhos, porque só quem não esta dentro da realidade é que pode esperar que neste momento que a CML nos entregue de mão beijada lotes de terreno, isso só vai acontecer depois de muita luta com a Câmara
Temos que ser realistas, a CML neste momento não vai entregar nem um lote de 50m2, portanto só depois de sabermos o que temos é que podemos projectar.
Não acredito que seja autorizado alguma alteração ao Complexo do Restelo.

Honestamente, nesta questão não posso partilhar da opinião dele, uma vez que entendo que podem haver mil e uma soluções de índole urbanística que viabilizem o integral aproveitamento dos terrenos do Restelo, assim saibamos dotar aqueles espaços de actividades rentáveis e que se complementem umas com as outras, por forma a atrair gente ao Restelo.

Digamos, que seria necessário fazer uma espécie de plano director do Restelo (PDR), que seria a nossa cartilha de aproveitamento e ordenamento do terreno, o qual, no entanto, nececssitaria que alguém lá fizesse o necessário estudo de levantamento topográfico, coisa que Cabral Ferreira pensou fazer no ano antes de falecer convidando um associado a trabalhar gratuitamente para o efeito, coisa que eu sei ele ter aceite e cujos trabalhos, embora existentes, não estão a ser aproveitados para coisa nenhuma.

Isso é fundamental para licenciar as diversas construções que lá estão implantadas naqueles 13 hectares, dado que o pavilhão e as piscinas são absolutamente construções piratas. Apenas o Estádio está licenciado pela CML.

Sem um mínimo de credibilidade do que pretendemos fazer daqueles terrenos, ninguém nos deixa lá fazer coisa alguma e aqui terei de concordar parcialmente com o Luís Batista.

Todavia, o Belenenses precisa urgentemente de gerar novas fontes de receita para viabilizar o Clube e para credibilizar a SAD dotando-a dos activos nececssários à sua permamente renovação sem sobressaltos.

E isto não depende apenas das transferêncisa financeiras do Clube para a SAD, mas também da exploração possível dos produtos marca Belenenses via merchandising e, também, pela criação urgente de uma loja online, através de um renovado e sedutor site oficial, propondo desde já que as modalidades não possam gerar dinheiro através da contra manufactura de produtos de um símbolo patenteado que é caso do nosso emblema.

São assuntos que esta Diercção vai ter de implemntar, porque aquele leviano empréstimo vai entalar-nos a tesouraria durante bastante tempo. Tempo esse que não podemos perder.

Entretanto, os outros vão tendo da parte do Estado os habituais favores em cadeia, na atribuição de terrenos que envergonham uma sociedade democrática, gerando uma forte concorrência desleal entre clubes, como foi o recente caso de atribuição de valioso património pela CML ao Sporting.

Favores esses que nos concedem autoridade moral para reevindicar semelhante tratamento e para começar, podíam devolver-nos as Salésias, ou em alternativa, deve a DIrecção ponderar a instauração para ser apreciada em tribunal a leviandada do esbulho das Salésias e dos respectivos encargos financeiros , juros de mora e o demais legal, para além dos inquantificáveis prejuízos de ordem desportiva com repercussão na vida financeira.


A Câmara Municipal de Lisboa e o Sporting fecharam hoje um acordo de princípio que passa pela entrega de património edificado pertencente à edilidade ao clube para reabilitação urbana, anunciou António Costa. O presidente do município falava aos jornalistas no final de um almoço com a direcção cessante do Sporting, clube que elege sexta-feira os órgãos sociais para os próximos três anos.

Este acordo surgiu na sequência de uma decisão da câmara de inviabilizar a construção num lote que é propriedade do clube, situado junto ao antigo estádio José de Alvalade. Desse diferendo entre as partes surgiu um tribunal arbitral que veio dar razão ao clube, determinando que a edilidade, depois da avaliação dos terrenos em causa, cederia ao Sporting outros lotes com idêntico valor (cerca de 24 milhões de euros).

"Houve uma proposta interessante que nos foi apresentada", disse António Costa, esclarecendo que a mesma não passa pela entrega de terrenos ou dinheiro ao clube, "mas por um conjunto de prédios para reabilitação urbana", que será entregue ao clube, contribuindo para "saldar a dívida" ao Sporting e para "uma cidade mais reabilitada", cumprindo-se a decisão do tribunal arbitral.

Para o presidente, "a solução está encontrada", faltando agora "um trabalho minucioso" dos serviços da câmara e do clube na identificação de prédios e respectiva avaliação, para "se compor um pacote" e assim saldar-se "uma dívida" e fechar-se um "contencioso que importava encerrar". "Para o município é claramente uma boa solução", adiantou, acentuando que "o que estava em causa" era uma "avaliação correcta e de saber quais os montantes envolvidos e estabilizar os direitos que o Sporting tinha e que competia ao município honrar", assegurando que naquela zona de Alvalade "não se ia construir mais". E concluiu, referindo-se a Felipe Soares Franco: "Ao longo destes quase dois anos mantivemos uma excelente relação e penso que ele merecia que tudo tivesse ficado concluído até ao termo do mandato à frente do Sporting. Infelizmente não foi possível que assim fosse, mas o essencial da solução está encontrada, está estabilizada e agora e trabalho de casa passa por identificar os bens e avaliá-los".

O presidente cessante do Sporting, Felipe Soares Franco, esclareceu que, com esta solução, o clube pode fazer "uma de duas coisas: entregar a propriedade dos prédios para reabilitar aos bancos como dação (pagamento de dívida) ou reabilitar e realizar a sua mais valia, se tiver capacidade financeira para o fazer". "O entendimento está estabelecido. O Sporting vai receber com certeza entre 23 ou 24 milhões de euros. Embora não esteja assinado deixo um acordo de princípio para o futuro presidente do Sporting selar, se quiser. É um bom acordo ", disse.

Soares Franco adiantou que este acordo, conseguido com "um grande presidente de câmara que soube interpretar os interesses do município e do clube" foi um dos casos que mais o satisfez ao longo do seu mandato, por ser um "eterno problema do Sporting, com nove anos".
Data: Quinta-Feira, 4 Junho de 2009 - 20:27

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