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Dívidas e o caso espanhol



Notas Prévias:

Li, com algum espanto, devo confessá-lo, que o Belenenses teria dívidas para regularizar por efeitos do eventual não cumprimento do PEC.

E o meu espanto é tanto maior, porque ainda vou acompahando, quando para aí estou virado ou arranjo tempo, como vai o meu Clube ou a SAD do meu Clube em matéria de dívidas à Segurança Social.

Enfim, a SAD do Belenenses lá disse aquilo que eu tinha imensa vontade de o escrever, pelo que me fez o favor de não me obrigar a trair o meu sigilo profissional. Então, cá vai o que a SAD disse, e bem, acerescente-se sobre a questão do PEC:

A Administração de «Os Belenenses» Sociedade Desportiva de Futebol, SAD vem por este meio prestar o seguinte esclarecimento:

Surgiram hoje notícias na Comunicação Social fazendo referência a atrasos de pagamentos relativos ao Plano Extra-Judicial de Conciliação (PEC).

Para o cabal e inequívoco esclarecimento do assunto, informa-se que estes pagamentos se encontram regularizados de acordo com o contratualizado e nos prazos definidos.

Já agora, gostava de solicitar aos sócios e adeptos do Belenenses que investigassem a origem deste tipo de perniciosas notícias e, se formos investigar a coisa bem a fundo, ás tantas temos a meia surpresa de a fonte de tais notícias serem dos famosos corredores de Belém, daqueles que julgam possuir os segredos do Belém, como se da 3ª parte do segredo de Fátima se tratassem.

Os problemas do Clube já são de dimensão elevado, pelo que fazê-los cair em exponencial apenas agravam a nossa possiblidade de melhor podermos negociar com os que contratamos serviços ou patrocínios.

E eu tenho a quase absoluta certeza que tal tipo de informação para os jornais tem origem em alguém que esteve ou estará perto do poleiro, notícias puramente fabricadas com interesse de mesquinhez pessoal. A chamada dor de corno.

E essa certeza é-me dada pelas orientaçõpes internas sobre o sigilo profissional de todos os que trabalham na Segurança Social, os quais poderão ser pura e simplesmente despedidos com justa causa se veicularem a terciros matéria que só dfiz respeito a duas partes: a SS e o contribuinte.

Mas esta coisa de PEC tem algo que se lhe diga e já agora, e porque isto é da lei, quando um jornal sair a dizer que o PEC da entidade X está por regularizar, ás tantas, nos termos da legislação em vigor sobre a matéria, já estará em processo de extinção do referido acordo, nos exactos termos das respectivas cláusulas de rescisão. Ex. vi
Decreto-Lei nº 124/96, de 23 de Março e Decreto Lei nº 235-A/96, de 9 de Dezembro, bem como a Declaração de Rectificação n.º16-D/96, de 30 de Novembro

Este esclarecimento não trai o sigílo profissional a que sou obrigado, antes esclarece os que nada sabem sobre a matéria.

Mas a questão das dívidas não é assunto meramente nacional, porque se formos olhar para um estudo do El País ás contas dos clubes profissionais de futebol em Espanha, veremos que a coisa é bem mais negra que em Portugal. Apenas por cá somos mais papistas que o papa e não consta qiue a Liga Espanhola vá expurgar 18 dos 20 clubes devedores da referida Liga, apenas se salvando o Real Madrid e o Barcelona em artificios contabolísticos..

O futebol espanhol, com um endividamento dos clubes da primeira divisão superior a 3.400 milhões de euros, está à beira do abismo financeiro e devia ser mais regulamentado, afirma hoje o diário El Pais.

A ruína ameaça o futebol”, escreve o jornal madrileno na sua edição de hoje, afirmando que os efeitos conjugados da crise económica com uma fuga para a frente financeira põem em risco a indústria do futebol em Espanha.

Um estudo da Universidade de Barcelona estima que a dívida acumulada dos clubes da primeira divisão espanhola ascendia em 2008 a 3.440 milhões de euros, com Real Madrid, Atlético de Madrid e FC Valência a apresentarem um endividamento superior aos 500 milhões de euros cada um.

O estudo indica que na temporada passada, entre os clubes da Liga, apenas o Real Madrid e o FC Barcelona, com os seus orçamentos de mais de 300 milhões de euros, ganharam dinheiro, enquanto todos os restantes clubes apresentaram resultados negativos, com destaque para os prejuízos de 44 milhões de euros do Valência.

O jornal sustenta que esta situação é consequência de uma fuga para a frente dos proprietários dos clubes, que se endividam em excesso para comprarem jogadores e pagam salários demasiado elevados, com o objectivo de manterem as equipas na primeira divisão.

O El Pais assinala a falta de controlo da Liga Profissional de Futebol (LPF) e do Conselho Superior dos Desportos (CSD) sobre os clubes de futebol da Liga e acusa aquelas organizações de laxismo face a esta crise financeira.

O diário madrileno defende que, para sanear a situação, as autoridades governamentais e desportivas de Espanha deveriam constituir órgãos reguladores mais rigorosos, à imagem de outros países, como a França.

A crise económica, que afasta os patrocinadores, em particular do sector da construção, e reduz as receitas das transmissões televisivas, acentuou nos últimos meses a pressão financeira sobre os clubes de futebol, adianta o El Pais.

O jornal destaca que, apesar disso, o candidato favorito à presidência do Real Madrid, Florentino Perez, manifestou a intenção de gastar 250 milhões de euros no Verão para contratar vedetas como o brasileiro Kaká, do AC Milan.

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